quinta-feira, 24 de setembro de 2009

E procuro em tudo, em mim, motivação. É que mover-se tornou-se tão cansativo, tão trabalhoso... Mantenho-me estática e a dor começa a se espalhar como se nunca fosse parar. Não contenta-se. Se multiplica por dentro do meu corpo, se torna um vazio gigante, uma bola de sentimentos bem no meio do peito. E então? Então, me movo. Com uma lentidão tão preguiçosa, que as coisas parecem no mesmo lugar. Me movo para que não doa, mas outros tantos sentimentos me espetam, me cutucam. Aonde isso vai parar? Se o meu caminho é tão longo que nunca chega ao fim e se minhas pernas não são fortes para me manter parada, tampouco para que eu ande? Se minha lentidão ocupa meus pensamentos, se o tempo continua sempre o mesmo, as preocupações sempre as mesmas e o tempo para pensar, aumentando a cada instante? Se cada vez mais me vejo sozinha, insegura para seguir um caminho e medrosa para passar por ele depressa? Nada parece justo, tudo parece descolorido. E os sonhos se dissolvem junto com a motivação que procuro. Cadê?
Se já não sei procurar motivações, procuro o quê? Pareço fraca. Parece bobagem, e cada vez mais me convenço de que é. Bobagem. Bobagem...
Aonde vou parar? Paro novamente. Agora ficar parada não dói tanto, mas machuca, vai rasgando pouco a pouco. Continuarei aqui, até que uma motivação caia em mim e eu tenha coragem para correr, e passar por tudo tão depressa, que nem me lembrarei dos erros, dores, acertos. Parece errado, mas aprendi que a vida funciona assim. Procure motivações e corra de todas as lembranças.

Um comentário:

  1. parece que a essa altura a gente vai vivendo mais ou menos a mesma coisa, reagindo as mesmas coisas, batendo de frente e lidando com conflitos internos bem parecidos.

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