terça-feira, 22 de junho de 2010

Sabe, é engraçado... Hoje eu, pra variar, estava tomando leite na sala com o Don e com a Lisa (e agora com a Genevieve, a estudante de Quebec) e comecei a perceber... Que estranho! Eu estou no outro hemisfério e a educação dentro de casa continua a mesma. Mentira. Eles são mais diciplinados, as crianças vão pra cama cedo e tudo mais. Mas eles sempre tem as mesmas conversas que eu, meus pais e meus irmãos tinhamos quando eramos pequenos. O mesmo papo sobre Homeless (mendigos), aborto, adoção, educação, segurança...
É incrível! São as mesmas opiniões. Enfim, vou explicar melhor... Estavamos conversando como é engraçado como as escolas de inglês dão os avisos. No formulário de aceitação de Geneviuve tinha um monte de coisa, tipo "Não toque no seu estudante" "Não vá para o quarto dele e nem permita que ele entre no seu" e etc. Primeiro que começamos a rir por que nos abraçamos toda noite e eu deito na cama das crianças pra rezar e dizer boa noite toda noite. Depois eu comentei que eles dizem 8000 vezes para não dar dinheiro aos homeless por que eles recebem dinheiro do governo e esse dinheiro é só pra bebida, dorgas, etc. Começou a discussão. O Don dizendo que não era assim, que eles não tinham capacidade emocional de controlar o dinheiro e que o governo estava agindo errado (será que lembra minha mãe?) E a Genevieve dizendo que de qualquer jeito, dar o dinheiro não é a melhor saída já que eles nunca mais vão querer sair da rua sabendo que ganham bastante por isso (será que lembra o meu pai?) Dessa vez eu não participei tanto da conversa por que estava só analisando os pontos de vista e lembrando da minha família. Mas é impressinante. Você muda de vida, muda de tudo, e as mesmas discussões surgem. Na escola nós sempre discutimos sobre educação e o primeiro ministro de bosta daqui, Obama e bla bla bla ou sobre homeless, ou sobre a legalização da maconha, ou sobre as regras de não beber na rua aqui e etc.! As mesmas coisas! Quando eu notei isso achei tão engraçado...

Falando nisso, o Brasil deveria aprender mesmo... Estava eu, não me lembro por que, explicando o sistema de ensino brasileiro quando eu ouço um: "Wow! This is crazy and sounds stupid" Foi uma menina de 9 anos de idade, sem papas na lingua, chamada Jaydn ou Little teacher, se você preferir. Vulgo, hostsister (caso meu pai esqueça pela milésima vez quem é Jaydn). Gente, isso é ridiculo. Pagar quase 1000 dolares por mês por uma escola é patético. PATETICO. Eu não tenho mais palavras, o que a Jayds disse é exatamente o que eu penso, sem mais.

Acho que é isso. Meia noite...Acho melhor eu dormir.
Amanhã eu tenho que lavar minha roupa, urgente, já tem uma pilha aqui... Ô preguiça!!

Beijos, foi mal pela demora, tenho feito muita coisa!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

E de repente, você percebe que tudo pode estar absolutamente perfeito, que a cidade pode ser linda e você pode estar conhecendo pessoas mais do que especiais, não adianta. Bate uma saudade que é impossível de explicar, bate uma solidão, um aperto, um "Caramba! Eu tô SOZINHA aqui" que não desespera, claro, mas que nos faz ver que a vida não é essa aqui.
A minha, pelo menos, é outra. E eu não consigo dizer em palavras o por quê. Parecia tão perfeito morar aqui pra sempre... Parecia que eu não tinha nada a perder. É seguro, é bonito, é fácil de morar... Mas não é o Brasil. Olha, eu nunca me imaginei sentindo falta de gente na rua, de confusão. Mesmo. Mas eu sinto. Eu sinto falta das ruas apertadas, dos carros passando, do SOL, do calor, dos sorrisos nas ruas, das mais diferentes pessoas, do samba, do maracatu, das mais variadas festas e noites.
Não tem jeito. Brasil, é Brasil, não dá pra explicar por que amamos aquilo lá, mas amamos.
Dói no peito o quanto vou demorar ainda pra ir pra São Paulo quando eu chegar no Brasil, como vou demorar pra ver algumas pessoas especiais de novo.

Que fique claro que não quero, não penso, não vou, antecipar um milésimo da minha viagem. Amo estar aqui, amo tudo que conheci e estou anciosa por tudo que vou conhecer.

Mas que dá saudade... Dá.
Amo vocês, muito muito muito.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

And then, you stop your life and start thinking that things happen, and maybe, have a reason.
How can i stop to live my life and start to live another one? Because i am here to start another real life, and then some amazing people appers, and of course i can't forget the other ones, but i am not really worried about them. When i come back, another real life will be there, maybe just waiting for me, with a lot of problems to think and solve. So, no, i am not concerned about my old life, and yes, i am ready to start another one. Without the people that were not with me when i needed. Because i don't want, neither deserve, this kind of people.

For who cares, and for the people that i love, wait for me, i am sure that my new life will be much better than this one.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

E então as mudanças ocorrem, o tempo passa e o que fica é cada vez mais intenso e puro. O que sou, ou melhor, o que quero ser? Com o passar do tempo vou me achando, me descobrindo, entendo o por quê (ou pelo menos tentando entender) a minha vida aconteceu deste jeito.
De qualquer forma sempre busco entender por quê "mereço" tal virtude ou tal sofrimento e no fi, acho que sempre começo com a palavra errada. Será mesmo merecer a pergunta para chegar a todas as minhas respostas? Talvez as coisas acontecem por acontecer, sem nenhum sentido, critério nem nada.
Prefiro acreditar, por ego mesmo, eu assumo, que tudo que acontece na minha vida depende de mim. Assim fica mais fácil de planejar o futuro, não sofrer tanto com o presente e não lamentar o passado e os erros pensando que eles sempre foram parte do caminho.
A questão é que as contantes mudanças na minha vida muitas vezes me tornaram uma pessoa melhor e segura ou insegura, me ajudaram a descobrir quem sou. E se vim de novo em busca de mudança foi simplesmente por achar que eu "merecia" uma última mudança para finalmente colocar um ponto final nas minhas questões, deixá-las de lado simplesmente por quê eu consegui, finalmente, entender um pouquiiinho de quem eu sou.Até por que descobrir-se e refazer-se é tão profundo e valioso, que sempre merece mais e mais tentativas.
Vim com essa "missão", que obviamente falhou, por que por mais que as coisas estejam sendo perfeitas não estão sendo do jeito que eu imaginava e eu não tenho conseguido mergulhar nas minhas próprias questões e descobrimentos. Talvez seja um jeito da vida dizer pra mim mesma: "Deixa isso quieto, vai viver, quem se importa? Você vai se encontrar no caminho, ou se perder, ou não, tanto faz! Você não pode prever mesmo..." Talvez, seja verdade. E viver será sempre a melhor solução para todos os meus confusos e incoerentes pensamentos.
Mas é que viver, sem razão, sem missão, sem querer se encontrar pra mim é como não viver, não se valorizar, não querer ser algo.
Eu quero ser algo! E não tô exigindo muuito não! Só quero ser algo para que um dia eu olhe para mim mesma, com honestidade,e diga: "Eu já fui, ou sou, alguma coisa!"