sábado, 16 de outubro de 2010

Medo Colorido - à Nova York Azul

Não sabe mais o que sente
Nem sabe se é bom, nem se é ruim
Nem se mente
Não sabe se é medo, insegurança, proteção
Raiva, cansaço, ou qualquer coisa, não
A lágrima espessa escorre solitária
E gelada chega à boca
Salgada
E o ódio, o sono, a dor
A confusão, seja lá o que for
Isso, aquilo, assim, tá certo
O caos, o medo, tão perto
Aquele medo quieto, mudo
Aquele medo incerto, surdo
Aquele medo sozinho, cedo
Aquele medo vazio, certo?
Se juntarmos todas as cores
Branco
Se juntarmos todos as dores
Medo
Canto aquele choro vazio, até com bolor
Aquele choro sofrido, que é multicolor
Escrevo que é pra não cravar a dor no peito
Que é para estancar aqui, neste leito.


Escrito em 31/03/2007