Intertextualizando, como sempre. Pela universalização da necessidade da escrita.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Deslizo pelas ruas frias, gélida. Esquálida. Estou morta. As lágrimas não escorrem, por mais vazia que me sinta. Estou morta. A respiração calma, as pernas duras tremem. A falta de sentido, de caminho. A dor no peito que me empurra, que me faz seguir a diante. Estou morta e não vejo renascer. O coração acelerado, a palidez na face. Estou morta. Completamente vazia, pesada, sem forma. Estou morta e tenho medo. Não renascerei, mas parmanecerei assim, morta-viva, deslizando por pedras portuguesas, sem nada a minha frente. Estou viva. Ou morta. Ou tanto faz.
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